quarta-feira, 27 de agosto de 2008


A barbatana dorsal, maior nos machos, além do porte, ajuda a distinguir os géneros

Estes animais caracterizam-se por terem o dorso negro e a zona ventral branca. Têm ainda manchas brancas na parte lateral posterior do corpo, bem como acima e detrás dos olhos. Com um corpo pesado e entroncado, têm a maior barbatana dorsal do Reino animal, que pode medir até 1,8 metros de altura (maior e mais erecta nos machos que nas fêmeas). Os machos podem medir até 9,5 metros de comprimento e pesar até 6 toneladas; as fêmeas são menores, chegando aos 8,5 metros e 5 toneladas, respectivamente. As crias nascem com cerca de 180 Kg e medem cerca de 2,4 metros de comprimento.
As orcas macho de maiores dimensões têm um aspecto distinto que não dá margem para confusões ao serem identificados. Contudo, vistas à distância em águas temperadas, as fêmeas e as crias podem confundir-se com outras espécies, como a Falsa-orca ou o Golfinho-de-Risso.
A maior parte dos dados sobre a vida das orcas foi obtida em pesquisas de longa duração com populações da costa da Columbia Britânica e de Washington, bem como pela observação de animais em cativeiro. A informação disponível sobre esta espécie é avultada e está devidamente sistematizada pelos naturalistas, o que se deve também à natureza altamente estruturada dos grupos sociais destes animais. Contudo, grupos transitórios ou residentes noutras áreas geográficas podem ter características ligeiramente diferentes. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 15 anos de idade. A partir dessa altura, têm períodos de ciclo poliestral (cio regular e contínuo) com períodos sem o ciclo estral que podem durar de três a dezesseis meses. As fêmeas podem dar à luz uma só cria, uma vez cada cinco anos. Nos grupos sociais analisados, os nascimentos podem ocorrer em qualquer época do ano, havendo uma certa preferência pelo inverno. A mortalidade dos recém-nascidos é elevada - os resultados de uma investigação sugerem que cerca de metade das crias morrem antes de atingir os seis meses. Os filhotes são amamentados até aos dois anos de idade, mas com doze meses já se alimentam de comida sólida. As fêmeas são férteis até aos 40 anos, o que, em média, significa que podem ter até cinco crias. A esperança de vida das fêmeas é, geralmente, de cinquenta anos, ainda que em casos excepcionais possam viver até aos noventa anos. Os machos tornam-se sexualmente activos com 15 anos de idade e chegam a viver até aos 30 anos (ou até aos 50, em casos excepcionais)
Mauro José Rodrigues Furtado

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